Plenitude
(A. M. de Godoy T.)
Quero ser simples o
quanto baste
E seguir em frente
sem bagagem.
E tornar tão leve a
viagem
Como a sombra que
me segue
Como a pluma que a
brisa ergue.
Tudo é efêmero!
Não é do solo
A raiz que nele se
agarra,
Não resiste ao sol
O branco da geada,
E quão breve é a
esperança
do canto da cigarra...
Sem arreios, sem
amarras
Entre poentes e
auroras
Vou pisar o meu
caminho
Permitindo- me
encantada
A colher versos
pela estrada.