quarta-feira, 17 de julho de 2019

Plenitude


Plenitude  
(A. M. de Godoy T.)

Quero ser simples o quanto baste
E seguir em frente sem bagagem.
E tornar tão leve a viagem
Como a sombra que me segue
Como a pluma que a brisa ergue.

Porque nada nos pertence.
Tudo é efêmero!
Não é do solo
A raiz que nele se agarra,
Não resiste ao sol
O branco da geada,
E quão breve é a esperança
do canto da cigarra...

Sem arreios, sem amarras
Entre poentes e auroras
Vou pisar o meu caminho
Permitindo- me encantada
A colher versos pela estrada.



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